terça-feira, 19 de abril de 2011

Narciso, Narcisita, Narcisando! Quem? Eu, Você...


“SENHORES PASSAGEIROS COLOQUEM A POLTRONA NA VERTICAL E APERTEM OS CINTOS, PORQUE VAMOS PASSAR POR ZONA DE TURBULÊNCIA”.


Nos auto-valorizar, nos amar, ter cuidados necessários com nossa pessoa faz parte da auto estima e ninguém pode dar o que não tem. Como poderíamos convencer alguém de algum conceito de sucesso se nos desprezamos com palavras, atitudes, cuidados na aparência, etc.?


Precisamos de alguns cuidados quando investimos nos conceitos de auto estima, tendo a consciência que a linha que divide esta importante percepção, do NARCISISMO, é imperceptível. Da mesma forma que identificar a linha que divide a autoconfiança da arrogência fica muito difícil.

        A turbulência vem da dificuldade de relacionamento que o executivo adquire ao exacerbar o que chama de autoestima e não percebe que o exagero o extremou levando-o ao NARCISISMO que pode ser patológico , nascendo daí uma rejeição ao seu comportamento, que o destrói.
       Narcisismo descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo.
       A palavra é derivada da Mitologia Grega. Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que desesperadamente o desejava. Como punição, foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se incontrolavelmente por sua própria imagem refletida na água. Incapaz de levar a termos sua paixão, Narciso suicidou-se por afogamento.
Freud acreditava que algum nível de narcisismo constitui uma parte de todos desde o nascimento.

Andrew Morrison afirma que, em adultos, um nível razoável de narcisismo saudável permite que um indivíduo equilibre a percepção de suas necessidades em relação às de outrem.
Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de Transtorno de personalidade narcisista. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso.
Em psicanálise o narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade, sendo um conceito crucial para a formação da teoria psicanalítica tal qual conhecemos hoje. Em 1914 Freud lançou o livroSobre a Introdução do Conceito de Narcisismo, neste livro Freud subdivide o narcisismo em duas fases:
  • Narcisismo primário- é a fase auto-erótica, o primeiro modo de satisfação da libido, onde as pulsões buscam satisfação no próprio corpo. Nesse período ainda não existe uma unidade do ego, nem uma diferenciação real do mundo.

  • Narcisismo secundário - ocorre em dois momentos: o investimento objetal e o retorno desse investimento para o ego. Quando o bebê já consegue diferenciar seu próprio corpo do mundo externo ele identifica quais as suas necessidades e quem pode satisfazê-las, então concentra em um objeto suas pulsões parciais, geralmente na mãe.

O narcisismo não é apenas uma condição patológica, mas também um protetor do psiquísmo. Um narcisismo “que promove a constituição de uma imagem de si unificada, perfeita, cumprida e inteira”. 








Os termos "narcisismo" e "narcisista" são freqüentemente utilizados como pejorativos, denotando vaidade ou egoísmo. Quando aplicado a um grupo social, o conceito tem relação com o conceito de elitismo.


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