terça-feira, 19 de abril de 2011

Dia do Indio ! hu! hu! hu! hu!

Os índios muito contribuíram para a formação do povo brasileiro. Do seu cruzamento com o branco formou-se o tipo mameluco que teve importante papel em grandes acontecimentos da História do Brasil: eram mamelucos muitos dos que participaram das entradas e bandeiras.
Dos antigos mamelucos descendem os atuais caboclos, que povoam principalmente a Amazônia. Embora muito mais raro, houve também cruzamento entre o índio e o negro. Desse cruzamento resultou o tipo conhecido por ca-fuzo.
Foi muito variada a influência dos índios nos usos e costumes do povo brasileiro. Na alimentação basta lembrar o emprego tão comum da farinha de mandioca e do milho.
São também de origem indígena a rede, tão apreciada pelas populações do Norte e Nordeste, processos ainda hoje usados de pesca e de caça, tipos de embarcação como a canoa e a jangada, a aplicação de numerosas ervas e raízes no tratamento de muitas doenças e o uso doméstico de utensílios de barro. Deixaram ainda, principalmente os de língua tupi, um grande vocabulário que se aplica à maioria dos acidentes geográficos do Brasil, como montanhas, ilhas, rios e cidades.

Os índios viviam principalmente da caça e da pesca. As tribos mais adiantadas, porém, plantavam o milho, a mandioca e o fumo.
Quando a caça faltava e a pesca se tornava insuficiente, os índios mudavam-se para outros lugares. Eram, portanto, nômades.
Para a caça os índios usavam o arco e a flecha. Pequenas setas eram destinadas à caça miúda, como pássaros. Também sabiam preparar armadilhas e imitavam com perfeição as vozes dos animais, meio com que procuravam atraí-los.
Para a pesca os índios utilizavam pequenas redes chamadas puçás, flechas, anzóis e plantas que atiravam ao rio, como o tim-bó, e que matavam os peixes. Dos tubarões extraíam os dentes para fabricar pontas de flechas.
As tribos, que praticavam a agricultura, preparavam as roças pondo fogo nos matos. É o que se chama coivara, costume ainda hoje muito usado no interior do Brasil. Para obter o fogo os índios imprimiam, com a palma das mãos, um movimento de rotação a um pequeno pedaço de pau, cuja ponta se friccionava em outro, até formar uma chama que se comunicava a folhas secas.

Encontro dos índios com europeus (Rugendas)
Encontro dos índios com europeus (Rugendas)
o corpo com a tinta vermelha do tmicu e azul do jenipapo; alguns furavam as orelhas e os lábios, onde punham pedaços de madeira ou botoques, nome que até serviu para denominar uma tribo, a dos botocudos. Também usavam colares de contas, de dentes de animais ou de inimigos e enfeitavam-se com penas de pássaros.
Suas armas prediletas eram o arco e a flecha, de várias dimensões, lanças e o tacape, feito de madeira pesada. Algumas tribos conheciam a esgarowatana, tubo ôco por onde disparavam, com o sopro, pequenas setas envenenadas.
Dos intrumentos musicais os índios conheciam o tambor (uai), uma espécie de chocalho que chamavam maracá, e a flauta de osso humano, denominada membi.
A guerra era empreendida na ocasião em que amadureciam o milho e o caju de que faziam uma
bebida, o cauim, Quando julgavam suficiente o número de prisioneiros, que deviam ser devorados, interrompiam os combates é voltavam para a taba onde, com grandes festas, sacrificavam as vítimas.
Os índios obedeciam a um chefe, o morubixaba. Maior influência, porém, tinha o pajé, o feiticeiro da tribo. Acreditavam que ele possuía podères extraordinários: adivinhar o futuro, curar todas as doenças, transformar-se em qualquer animal e até tornar-se invisível.


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